5.1.24

Fika

 Café com um pedaço de bolo. Sabe de onde?

10.4.20


Bolo Australiano de Banana

Ingredientes:
  • 125g de manteiga
  • 100g de açúcar mascavo
  • 2 colheres de café de essência de baunilha
  • 2 ovos
  • 350g de banana amassada
  • 265g de farinha com fermento peneirada
  • 1 colher de café de bicarbonato de sódio
  • 80ml de leite

Modo de Preparo:

Passo 1:
Aqueça o forno a 180C. Unte uma assadeira média (por volta de 22cm).

Passo 2:
Usando uma batedeira, bata a manteiga, o açúcar e a baunilha por 5 minutos ou até ficar cremoso.

Passo 3:
Adicione os ovos (um por vez), batendo bem a cada adição. Transfira para uma tigela maior. Usando uma colher de pau, adicione e misture gentilmente as bananas, o bicarbonato de sódio, o leite e a farinha. A dica aqui é adicionar aos poucos e sempre mexendo com a colher. Misture até ficar tudo homogêneo.

Passo 4:
Coloque essa mistura na assadeira e leve ao forno por 30 minutos ou até o garfo espetado sair limpo. Deixe esfriar por 10 minutos até desenformar. 


Substituições:
  • Açúcar Mascavo pode ser trocado pelo Demerara ou até mesmo o branco.
  • Eu faço uma mistura de 50% de farinha branca e 50% de farinha integral. 
  • Eu uso leite de soja ao invés de leite de vaca.

Importante:
Use todos os ingredientes em temperatura ambiente. 

Cobertura:
Caso você goste de cobertura, misture o suco de 2 laranjas com 125g de açúcar. Leve ao fogo até ferver. Mexa por 5 minutos.Desligue o fogo, espere esfriar um pouco e coloque sobre o bolo. 

Bolo Australiano de Cenoura

Ingredientes:

  • Meio copo (80g) de Açúcar Mascavo
  • 3/4 de copo (185ml) de Azeite de Oliva
  • Meio copo (125 ml) de Maple
  • 3 ovos
  • 1 colher de café de essência de Baunilha
  • 1 copo (150g) de farinha de trigo com fermento
  • 1/2 copo (75g) de farinha de trigo (sem fermento)
  • 1 colher de café de bicarbonato de sódio
  • Meia colher de café de canela em pó
  • 2 (300g) cenouras descascadas e raladas


Modo de Preparo:

Passo 1:
Aqueça o forno em 170C. Unte uma assadeira redonda (aproximadamente 20cm).

Passo 2:
Em uma tigela, junte o açúcar, azeite, xarope, ovos e a essência de Baunilha. Use um fouet ou batedor manual para misturar até ficar homogêneo.

Passo 3:
Peneire as farinhas, o bicarbonato e a canela em uma outra tigela. 

Passo 4:
Coloque a mistura dos ovos (as do Passo 2) na mistura das farinhas (as do passo 3). Usando uma colher de pau, misture bem os ingredientes e adicione as cenouras raladas. Misture gentilmente.

Passo 5:
Coloque a massa na assadeira e asse por 1 hora ou até o garfo espetado sair limpo.  Espere 5 minutos até desenformar. Ideal é depois de 5 minutos desenformar e esperar o bolo esfriar completamente em uma grelha. 


Substituições:
  • Eu substituo o azeite por 100g de manteiga + 70ml de azeite
  • Açúcar Mascavo pode ser trocado pelo Demerara ou até mesmo o branco.
  • Maple pode ser usado Xarope de Glucose (Karo) ou Mel. Um amigo fez com açúcar queimado (Aquele de cobertura para pudim) e funcionou.
  • Eu troco os 75g de Farinha branca por 75g de farinha de trigo integral

Importante:
Use todos os ingredientes em temperatura ambiente. 

Cobertura:
Caso você goste de cobertura, misture 80g de açúcar de confeiteiro + 250g de cream cheese (tipo aqueles da Philadelphia) em uma tigela. Misture com uma colher de pau até ficar homogêneo. 

20.12.18

Melhor parte do Natal

É claro que é o panetone... molhadinho, fofinho....

espero o ano todo pra poder me empanturrar de panetone! :)

19.11.18

Café é o novo vinho?

Você, caro leitor, gostando ou não de café, deve ter reparado que o café está passando por uma revolução na última década:

No supermercado, o café em pó em saquinho passou a ser embalado a vácuo e nas prateleiras começaram a surgir novas marcas, cafés em grãos e de regiões como mogiana, cerrado, sul de Minas... Agora estampam "100% Arábica" com o maior orgulho... Antigamente bastava dizer que era o café que a mamãe prepara com todo o carinho.


Na rua, cafeterias pipocam e praticamente estão competindo em quantidade com petshops e pizzarias. Famosas redes de café, como o Fran's em São Paulo, estão se reformulando, renovando para poder competir com as milhares de novas opções que os consumidores têm: de Starbucks à cafeterias de cafés especiais.

Em casa, a moda é café em cápsula. Hoje em dia as máquinas de café sairam da cozinha e fora pra sala de estar... A Nespresso virou hit por sua praticidade e pelo design.

E, no ambiente social, certeza que você já deve ter ouvido as expressões "café gourmet" ou que o "café é como vinho".

Aliás, você precisa ter muito cuidado com a palavra gourmet. Gourmet não é categoria de supermercado. Gourmet é muito mais um movimento... Com o café, baristas escolhem o grão e o preparam na forma de resaltar as suas melhores propriedades. Coisa gourmet em supermercado é baboseira. Pode ser Premium, mas não gourmet.

Bom, assim como alguns jornalistas e escritores americanos apelidaram, estamos em uma "Terceira Onda do Café”, indo em direção à uma quarta onda, não se sabe ainda para onde exatamente, mas eu acho que é algo entre o cold brew e outras formas de extração.

Recentemente estou vendo alguns lançamentos de cold brew em agua de coco, ou até em kombucha (o que eu acho bem curioso porque café tem propriedades antibacterianas e o melhor do Kombucha são as…bacterias!).

E também devagarzinho estamos descobrindo um lugar fora do café Arabica ou Robusta (Canefora) como Geisha ou ainda coisas novas dentro da variedade Liberica.

16.11.18

Le Beaujolais Nouveau est arrive!!!!!

12.11.18

Paris 6

O natal está chegando e, claro, as decorações de natal já comecam a pipocar por toda a cidade desde outubro. Com tantas luzinhas e piscas-piscas por aí, me fazem lembrar das 2374 arandelas no Paris 6 da Haddock Lobo em Sao Paulo.

Alguém tem algum update sobre como está esse restaurante temático nos dias atuais?

Infelizmente não consigo dar uma passadinha pra ver as luzes parisienses lá, mas curioso pra saber como anda o menu...

Sera que ainda existe o Macarrão à Dani Bolina? E a salada Danielle Winits? E as entradinhas com nomes de ex-bbs?

Por favor, foto do menu será muito apreciado e recompensado!

30.7.18

Bolo de chocolate - A versão mais saudável possível (ou quase)!

Se existe algo que me traz lembranças da infância é cheirinho de bolo de chocolate. Lá em casa, o famoso bolo da minha mãe era uma festa toda vez que estava no forno e outra festa quando estava na temperatura certa para poder pegar os pedaços sem se queimar, assim que saísse do forno.

Quando eu for pro Brasil na próxima vez vou ver com minha mãe e procurar a receita do bolo de chocolate. Mas, enquanto isso, e ando fazendo uma receita fácil de bolo, adaptda de uma receita da Nigella Lawson.

Ela é adaptada para ser um pouco mais saudável que a receita original, já que farinha branca, açúcar refinado, óleo de soja e margarina sao vilões hoje em dia.

Eis a receita do Bolo de Chocolate


Ingredientes
Massa:

- 400g de farinha integral
- 250g de açúcar mascavo
- 100g de açúcar de rapadura (ou pode usar o mascavo tb)
- 50g de cacau em pó (ou procure um chocolate em pó que tenha o mínimo de açúcar possível.)
- 2 colheres de sopa de fermento
- 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio
- ½ colher de sobremesa de sal
- 3 ovos (temperatura ambiente)
- 142ml de creme de leite (ou creme azedo/ sour cream)
- 1 colher de sopa de extrato de baunilha
- 175g de manteiga sem sal, temperatura ambiente
- 125ml de azeite de oliva (se extra-virgem, melhor!)
- 300ml de leite (ou leite de soja/amendoa/coco/aveia)

Cobertura:

- 175g de chocolate amargo (de novo, quanto menos açúcar, melhor. Eu usei 100% cacau, mas é porque tinha especialmente em casa)
- 200g de manteiga sem sal
- 1 lata de leite condensado

Modo de fazer
Pré-aqueça o forno a 180ºC.

Num recipente, misture a farinha, os açúcares, o chocolate, o fermento, o bicarbonato e o sal. Em outro recipiente, misture os ovos, o creme de leite e a baunilha.
Com uma batedeira, misture a manteiga e o azeite até que se misturem, em seguida adicioneo leite e os ingredientes secos. Misture devagar.
Adicione a mistura com ovo, e misture novamente. Coloque nas formas untadas previamente. Cozinhe os bolos por cerca de 50 minutos e deixe que esfriem em suas formas por 15 minutos antes de retirá-los. O tempo de cozimento depende muito da sua forma, do seu forno e da quantiadade de massa que você colocou. Portanto, fique de olho e use o famoso método científico de espetar um palito de dente ou garfo e ver se sai limpo para saber se o bolo já está assado.

Para fazer a cobertura, misture os ingredientes em uma panela e leve ao fogo em baixa temperatura e mexa até ficar grosso, a ponto de ver o fundo da panela ao mexer. (ponto de brigadeiro).

29.7.18

Bolo de chocolate saboroso e saudável. Existe?

23.1.18

Torta de Ameixas da Marian Burros



Entre 1983 e 1989, o The New York Times publicou durante os meses de setembro uma receita de torta de ameixas da chef Mariam Burros. Em 1989, o editor resolveu que seria o último ano que essa receita seria publicada no jornal. No ano seguinte, uma enxurrada de cartas pedindo a publicação da receita fez com que o jornal voltasse a publicar. Desde então, todos os anos, em setembro, a receita volta a ser publicada tradicionalmente no NYT.

Em uma enquete há 5 anos atrás para escolher a receita favorita dos leitores, essa torta de ameixa foi eleita com 3 vezes mais votos que a segunda colocada.

De onde vem esse apego? Talvez pela simplicidade da receita e por quase zero chances de dar errada. Ou talvez por ser tão versátil e substituir as ameixas por qualquer outra fruta. De fato, é muito simples, rápido e o resultado surpreende.

Torta de Ameixas da Marian Burros

Ingredientes:
- 3/4 de uma xícara de açúcar (ou 130g)
- 1/2 xícara de manteiga sem sal (ou 115g), em temperatura ambiente.
- 1 xícara de farinha de trigo integral (sem fermento) (ou 125g)
- 1 colher de café de fermento em pó
- 1 pitada de sal (opcional)
- 2 ovos grandes
- 24 metades de ameixa roxa pequena, sem caroço. (ou a quantidade de você quiser e que caiba na forma. Eu usei só 8 metades)
- 1 limão siciliano pra cobertura (opcional)
- Canela em pó pra cobertura (opcional)

Preparo:
- Pré-aqueça o forno em 175C
Enquanto você deixa o forno aquecendo, faça um creme com a manteiga e o açúcar em uma tigela grande. Nem precisa usar a batedeira. Um foet ou ate mesmo um garfo serve. Adicione a farinha peneirada, o fermento, a pitada de sal e os ovos e bata bem (exercício pro braço! vamos lá! Nada é fácil nessa vida!).

Depois despeje a massa em uma assadeira redonda ( entre 20 e 25cm de diâmetro) untada ou forrada com papel manteiga. Coloque delicadamente as metades da ameixa por cima, como na foto, por cima da massa.


Polvilhe canela (se você gosta) e um pouco de limão para acertar a acidez das frutas. (Eu nem me preocupei com os limões!)

Asse por volta de 40 ou 50 minutos, (até aquele método científico da vovó de espetar um garfo ou palito de dente e ele sair limpo). Espere esfriar e sirva.

Serve até 8 pessoas. (Mas pelo amor, se vier 8 pessoas na sua casa, não me vá fazer só uma torta!!) :)

10.7.16

Cultura é…

Empanada, crepe, bauru, taco, gyoza, wonton, pierogi, croque monsieur, coxinha, hamburger, ravioli… Cultura é um pedaço de carne envolvido em massa.

23.4.16

Puro chocolate


Chocolate amargo não é amargo. É puro chocolate. E dependendo da região ou variedade do cacau, o sabor muda completamente. É possível descobrir uma longa história de produção e processos só provando o chocolate. Assim acontece também com o café e vinho.

Chocolate

Estou lindo um livro incrível. Chama-se "Bread, Wine and Chocolate" de uma escritora americana nascida na Alemanha com background indiano e que vivia aqui em Melbourne (confuso, né).

Conheci esse livro por acaso, alguém que sigo no Twitter estava comentando dele no lançamento. Comprei, e, coincidentemente, comecei a ler o livro em São Francisco exatamente onde os capítulos de vinho e chocolate estão situados.

Adoro vinho, tenho os meus vinhos preferidos e compro sempre das variedades que gosto ou dependendo da região (Shiraz da Austrália, Malbec da Argentina, etc etc). Mas reparei que vinho não me interessa muito. Não tanta curiosidade de estudar, de me aprofundar no assunto.

Me lembro que em 2004 eu comecei a me interessar mais profundamente por determinados alimentos. Comecei a estudar, degustar e pesquisar sobre azeites. 

Em 2009 minha paixão por café começou a aguçar minha curiosidade e mergulhei de cabeça para estudar variedades, biologia e química do café. A cada dia que passo quero saber mais e mais.

E, desde o mês passado quando acabei de ler o capitulo de chocolate do livro, estou fascinado pelo mundo do cacau. É uma diversidade enorme de espécies, sabores, processos. Lembra muito produção de café.  E, se o mundo de cafés especiais está dando os primeiros passos, tenho a impressão que o mundo do cacau especial ainda nem começou a caminhar. São oportunidades incríveis.

Recentemente meus dias estão terminando provando chocolate 85% cacau ou superior, de origem única (single origin) e lendo artigos e estudos sobre cacau especiais.

E, claro, vou precisar dividir isso com vocês nos próximos posts. :) 



26.3.16

Mas qual é esse café?

Parece que a cena de cafés em São Paulo precisa acelerar o passo. Não estou morando mais em São Paulo, mas aparentemente tenho acompanhado notícias que um monte de cafés especiais estão abrindo na cidade, além, claro, da existencia do Coffee Lab, que faria inveja em qualquer cidade do mundo, uma referencia mundial. Minha ligação por café começou junto com a abertura de alguns cafés especiais em São Paulo como o Santo Grao e logo depois o Suplicy nos Jardins. O Santo Grao sempre foi meu lugar favorito para sentar, conversar, tomar café e conhecer mais sobre origens. Foi ali que tomei meu primeiro Kopi luwak (quando a palavra crueldade ainda não estava atachada nele), e onde era um lugar para, com sorte, provar outros cafés de fora do Brasil. Passaram a vender só cafés brasileiros (o que acho justo por causa da impossibilidade de importação de grãos verdes e tem muito café bom por aqui). De 2009 pra cá tenho visitado o santo grao anualmente. Entendo que um negócio para sobreviver no Brasil precisa ser criativo e diversificado. O Santo Grao virou, digamos, uma mistura de café estilo australiano e bistrô.

O Suplicy ficou fiel ao core de cafés especiais. Admirável. 

Sábado (19/3) estive no Santo Grao e Terça (22/3) estive no Suplicy. E esta é a razão de escrever esse post.

Pedi ajuda (como pedia o menu) para a atendente sobre quais eram os cafés importados e especiais do dia. Ela me deu a notícia de que não havia mais importados e que o café do dia eram dois cafés premiados. Um de São Paulo e outro de Piatã (BA). Pedi mais informações sobre o café e a atendente ficou confusa e perguntou que tipo de informação... Eu queria saber a variedade, fazenda, que tipo de prêmio, etc... Ela, confusa, só me disse que era 100% arábica. Enquanto decidíamos o que iríamos comer, outro atendente veio tirar o pedido e pedi mais informações sobre o café. Ele não sabia e foi pedir ajuda ao barista. Veio com a resposta que era um blend, uma mistura de grãos... Eu, muito decepcionado, fui perguntar pro barista. Ele, atencioso, foi no balcão de torra comigo e foi investigar qual era o café e fazenda. Depois de ler alguns papéis, descobriu que era um Catuaí amarelo da fazenda São José... Bla bla bla. E sobre o grão de São Paulo, não tinha mais disponível. 

No Suplicy, queria saber sobre os microlotes. Eram dois. Um da Fazenda do Lobo (?) e "um outro".  Mas queria mais informações sobre eles... A barista me disse que a Fazenda do Lobo tinha um sabor de laranja (notas sensoriais são muito subjetivas). Fui o chato querendo saber mais e mais. Até que um atendente foi buscar um papel e descobrimos juntos que a fazenda do lobo era da variedade Mundo Novo e mais alguns informações da safra e afins.

Qual foi o problema? Talvez seja ou falta de treinamento, ou informação ou até comprometimento do funcionário em aprender.

Se o core do seu negócio é café, todos os pontos de contato com o cliente precisam estar envolvidos no produto. Precisam saber da variedade, do nome, das características do café. Não são milhares de opções. São apenas 1 ou 2 tipos de microlotes ou cafés especiais. Quanto mais informação, mais apaixonante eh o produto tanto para o funcionário tanto para o cliente. 

O mais importante nessa onda de cafés especiais no Brasil não é vender aquele café premiadíssimo. Eh educar as pessoas sobre esse negocio novo não-tão-novo. A cena de café na Austrália cresceu monstruosamente nos últimos 5 anos e talvez hoje seja o mercado mais maduro do mundo. A cena de nova York cresce a cada ano e já está virando lenda aqueles cafés americanos aguados. E o Brasil, parece estar perdendo o bonde. De novo. 


25.1.16

Mas já é fevereiro?


Não tem época do ano para comer Panettone. Hmmm... 

Agora, vocês já provaram o Matcha Tea?

O sabor meio amargo se casa perfeitamente com o chocolate do Panettone. Digamos que é o Romeu e Julieta dos tempos modernos! Haha

22.11.15

Sagu ao vinho tinto


Talvez não exista uma sobremesa que represente mais o Brasil do que o sagu ao vinho tinto, mesmo estando bem longe de ser popular como o brigadeiro por exemplo.

Sagu foi criado no Brasil, por imigrantes italianos e alemães do sul do Brasil e se espalhou rápido. Os alemães criaram a tecnologia para fazer a fécula de mandioca ao invés da tradicional batata. A Mandioca (vamos saudar a mandioca!) é brasileiríssima! E os italianos contribuem com o vinho.

Embora seja uma receita feita por imigrantes, o curioso é que não existe nada parecido com ela nos países de origem deles.

A receita é bem simples. Deixo de molho 250g de sagu por 3 horas em água fria. Enxáguo. Em uma panela, jogo o sagu, 800ml de água e uns 500ml de vinho tinto. Cravo, canela e 1 xícara de açúcar mascavo. (Escolha o açúcar e a quantidade que vc quiser! To tentando ser mais saudável). Deixo ferver mexendo sempre até as bolinhas ficarem transparentes. Sirva quente ou frio. 

Use a receita como parâmetro. Não siga quantidades e use sua intuição. Funciona. 




29.6.15

Nova York levando café a sério

A dinâmica presente no DNA de Nova York se mostra presente também na cena de cafés especiais.

 

A cada ano que passa fica evidente a vocação de Nova York para, assim como Porltand, Seatle e São Francisco, ser um ponto de referência de cafés especiais.

 

Visitei e re-visitei nas últimas duas semanas aproximadamente 30 cafés especiais em Nova York além de lugares onde o nova-iorquino consome boa parte da bebida como Mc Donalds, Dunkin Donuts e, claro, Starbucks.

 

Gorjetas

 

Uma coisa que me chamou atenção esse ano foi a gorjeta. Culturalmente, as gorjetas variam de 10 a 15% do valor do pedido. Quase todos os cafés de NY hoje usam um iPad como POS ou ponto de venda (a nova geração da tela da caixa registradora) e simplesmente giram a tela para o consumidor colocar o quanto gostaria de dar de gorjeta.

 

É fato que muita gente nos EUA vive com o dinheiro dessas gorjetas, que é muitas vezes maior que o valor do salário. Mas aqueles 10 ou 15% tradicionais estão virando coisa do passado. Alguns lugares sugerem no iPad $3 de gorjeta para um café que custou $3.50. Aparentemente $2 está virando um padrão na indústria para um café com valor um pouco maior que isso, o que representa quase 50% do valor. Isso é um ponto que merece atenção especial tanto para quem consome tanto para quem vende. Um pouco demais, acho.

 

Abaixo, selecionei meus lugares preferidos para tomar café com base no meu pedido padrão: 1 café com leite (ou leite de soja) e 1 café filtrado, preto.

 

Blue Bottle Coffee

450 West 15th street - Chelsea

 

 Blue Bottle  Blue Bottle

 

Um café minúsculo, quase sem lugar para se sentar e feito para pedidos para viagem. Apesar do tamanho pequeno, Blue Bottle fez,  pelo segundo ano, meu melhor Latte que tomei em Nova York. É um exemplo de como o blend de baristas competentes, escolha de grãos e capacidade técnica consegue se impor mesmo sem todo o charme de cafés com sofás e decoração que se encontra por ai.

 

 

 

Intelligentsia (High Line)

180 West 10th street - Chelsea

 

IMG 0018

 

É um café escondido, no saguão do centenário High Line Hotel. Esse foi o lugar escolhido para ser a primeira filial do competente café criado em Chicago. Apesar dos lattes deliciosos e de um brownie de manteiga de amendoim para comer ajoelhado, o café filtrado na Kalita, com grãos encontrados em uma fazenda de Ruanda ( Nshimiyimana Gaspard's Farm) vale por si só a viagem de quase 10 horas para a terra do tio Sam.

 

 

Stumptown

30 West 8th street - Greenwich Village

 

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Talvez seja o café mais lindo de Nova York. Com um estilo art deco, globos de luz, mármore verde e detalhes em madeira, Stumptown é o melhor lugar para ter uma boa conversa, trabalhar no seu computador e beber um café delicioso, seja espresso ou filtrado (existe um bar só para os filtrados). Recomendo o grão bourbon da Guatemala (Finca El Injerto) feito na v60. Deu vontade de beber uns 2 litros de uma vez.

 

Intelligentsia (Herald Square)

1333 Broadway


Intelligentsia

 

Esse Intelligentsia fica anexo à Urban Outfitters, perto do Empire State Building e da Macy’s o que mantém o café lotado. Lindo, moderno, com algumas opções de filtrados feitos em uma engenhoca automática de controle de agua para V60 (nunca tinha visto) e pouca seleção de comidinhas no balcão. Apesar do ambiente compre-tome-saia, o café vale pela parada se voce achar espaço para sentar. 

 

 

Culture 36

247 W 36th Street

 

 Culture  Culture

 

Com staff simpático, esse café serve o que você procura: café. Com nada ou quase nada de comidinhas, o layout do Culture coffee é feito para pegar aquele café para viagem ou parar por um tempo na enorme mesa comunitária para tomar seu café. O café filtrado já pronto estava delicioso, assim como o sou latte preparado por um barista que adora conversar e vender os pacotinhos de  grãos da prateleira ao lado. 

   

Pushcart

401 W 25th Street


PC  PC

 

Localizado em Chelsea, esse é um café movimentado. Muita gente que trabalha ao lado fazendo reuniões e trabalhando nas mesas. O café com leite de soja estava perfeito e sem aquele gosto de baunilha que você encontra em alguns lugares. Já o café feito na aeropress, que era meu segundo pedido, foi recusado pela barista porque ela estava 'muito ocupada' e perguntou se eu queria um outro café. Isso era por volta das 11.30, fora do horário de rush. Talvez o café estava sem algum staff nesse dia, já que pedir os cafés filtrados disponíveis no menu parecia inviável. 

 

 

Toby's State  (West Village)

44 Charles Street


TBS  TBS


Toby's é um café originalmente australiano, do bairro de Wooloomoolloo. Foi um dos pioneiros aqui em Sydney a investir em café de qualidade, porém hoje, com novos concorrentes, ele deixou de ser relevante. Aproveitando a reputação dos cafés australianos pelo mundo, abriu uma filial em Nova York onde faz bastante sucesso, com um ambiente rústico é um café bem bom, onde se pode tomar o Flat White, famosa invenção australiana.

 

Joe's 

405 W 23rd Street


Joe


Joe's é uma rede de cafés especiais que está se multiplicando por Nova York.  Apesar de cada Joe ter uma característica diferente, alguns conseguem extrapolar sua expectativa. Foi o caso do Joe’s de Chelsea, da 23av, onde duas baristas revezavam entre as máquinas e fizeram um dos melhores lattes daquela semana. As opções de comida variavam de varinhas de cereais caseiras a pedaços de bolo que pareciam bem saborosos. 

 

Third Rail Coffee

240 Sullivan Street


TR


Talvez eu tenha tido um azar tremendo quando estava lá, mas o staff não estava muito amigável. O café filtrado servido no dia era o peruano Tupac Amaru, bom mas não tão memorável. O que valeu a visita foi o café etíope Guji, feito na Chemex. O café é bem pequeno com apenas 6 minúsculas mesas no lado de dentro. 

 

 

Esses são os cafés pequenos, pontuais, que estão por Nova York. E, se você é como eu que precisa tomar um café para poder fazer qualquer coisa em qualquer lugar, a lista continua com os cafés de grandes redes e, claro, de pontos turísticos.

 

Starbucks


Starbucks é polêmico para quem gosta de café especial. Não é pra menos… É muito chantilly, leite, xarope e açúcar para um copo só. Além da torra escuríssima dos grãos (que na verdade ajuda na padronização de sabor em todas as lojas ao redor do mundo), o que dificulta encontrar características sensoriais de cada variedade. Mas se você souber escolher bem, você sairá contente de um Starbucks.

 

Visitei a loja para conhecer o novo “Flat White”, inspirado no famoso “Flat White” aqui da Australia e Nova Zelândia. E não é nada parecido. Muita espuma e muito leite.  

 

S

 

O que o Starbucks faz de melhor (além dos milkshakes com gosto de café), talvez, seja a Clover Machine, uma máquina de fazer café filtrado que controla com precisão as variáveis para um resultado saboroso. E com boas opções de grãos para escolher, as vezes até com micro-lotes ou cafés raros, como o Geisha.

 

S

 

Na semana em que estive lá, tomei um delicioso Konga da Etiópia e um bom West Java. Procure sempre por Starbucks Reserve no menu. 

 

McDonalds

 

McD

 

Café filtrado do McDonalds. Muito melhor que o café já filtrado do Starbucks, mas longe de ser comparado a um café especial. Mas vale o US$1.

 

Metropolitan

 

Metro

 

Talvez ganhe a medalha de o pior café do mundo. Tentei, tentei e tentei beber o café filtrado do Metropolitan, mas não consegui dar 3 goles no caríssimo café. Raras vezes lembro de ter jogado um copo cheio de café no lixo. 

 

Cias Aéreas


Qantas


Viajei pela American Airlines e Qantas. E, por sorte, a Qantas faz um dos melhores cafés servidos em voos que já provei. São feitos por charmosíssimas French Press da marca dinamarquesa Bodum. E é bebível!

 

Já o café da American Airlines…

11.4.14

Quando o café é bom....

Quando o café é ruim, ele te deixa acordado. Cafeína, você sabe. 

Quando o café é bom, além de te deixar acordado, ele te deixa feliz! 



Vim no Intelligentsia de Nova York e fiquei feliz.

Delicioso café equatoriano da variedade typica feito na chemex.


O Intelligentsia NY fica na 10th com a 20th em Chelsea! 

:)

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28.3.14

Você sabe ler códigos de barras e etiquetas de frutas?

Quando resolvi focar minhas atenções naquilo que compro no supermercado e ter consciência sobre o que é bom pra mim e para o meio-ambiente, descobri algumas coisas interessantíssimas...

Por acordo internacional, todos os produtos com códigos de barra e/ou etiquetas de frutas e legumes precisam ser padronizados para saber a procedência e o meio como foi feito. E existe um meio simples para saber isso.

Por exemplo, como foi cultivada a maçã que você comeu essa manhã?

Existe uma etiqueta nas frutas e/ou na caixa. Nelas há geralmente quatro números:

Se o número começa com:
3 ou 4 = Cultivada pelo método convencional (fazendas, agrotóxicos, produtos químicos, etc)
9 = Produto orgânico
8 = Geneticamente modificado*

*Por ser algo recente, o número 8 ainda não é requerido por lei, mas alguns produtos já colocam isso nas etiquetas.

E sobre os códigos de barras?

Alguns produtos são considerados de um certo país, porém foram fabricados na China, Índia ou qualquer outro país para baratear a produção (que na maioria dos casos significa perda de qualidade e ou mão de obra quase escrava, desqualificada ou até infantil).

Para saber de onde veio, não basta ver o MADE IN ou FABRICADO NO/A. As vezes é embalado ou manufaturado aqui no Brasil mas o conteúdo é quase todo importado. Mas...de onde? Leia o código de barras! 

Em quase todos os produtos ele está lá.

Repare nos 3 primeiros números. Eles mostram onde foram feitos. 
Exemplo: se os números começam com:

789 e 790 = Brasil
778 e 779 = Argentina
690, 691, 692 = China
890 =  Índia
000 a 139 = EUA 
30 a 37 = França
40 a 44 = Alemanha
471 = Taiwan
49 = Japão
50 = Reino Unido
76 = Suíça
80 a 83 = Itália

Alguns produtos de empresas globais de massa, se são produzidos quase inteiramente com produto importado, apesar de ser produzido no Brasil, pode vir com o código de barras do país com a procedência de origem da maior parte dos ingredientes. 

Por exemplo, se você comprar um chocolate, pode ser que o código seja da Suíça. Se você comprar um creme da L’Oreal, pode ser que o código seja francês. Se você comprar um salgadinho de milho, pode ser que o código seja chinês. 

Por isso preste atenção naquilo que você consome. Prefira produtos regionais, com conhecimento da procedência e seja consciente. 

A lista de prefixos de códigos de barras de todos os países você encontra no site da GS1, a organização global por trás dessa padronização: http://www.gs1.org/barcodes/support/prefix_list

21.1.14

Bebidas...

Gente reclamando por aí que as cervejas mais populares do Brasil são feitas com até 45% de milho. E daí? Vodka é feita com batatas!

2.12.13

Armário de comida no quarto


                              
Desde criança tenho um armário de comida no quarto. Em algum momento da minha vida aprendi a ser curioso com sabores e passei a comprar minha própria comida, mesmo morando com minha mãe.

Até 2009 (muito tempo atrás, hein?!), meu azeite diário era o Quinta das Marvalhas, português com denominação de origem protegida. O macarrão era Divella , minha marca predileta, e o molho de tomate era feito com tomates vermelhissimos comprados na feira de sexta-feira durante meu horário de almoço na Vila Olímpia em São Paulo. Sempre com bastante manjericão.  

Aqui na Austrália, essa mania se acentuou: eu fazia meus próprios pães, com meu próprio fermento caseiro - levain- feito com figo fermentado e, entre coisas frescurites, uso sal rosa do Himalaia, mais saudável que o sal de cozinha. 

Nem preciso dizer que café é escolhido a dedo, sempre em grãos e moído na hora. E tudo isso nem vai pra cozinha. Vai direto pro meu armário do quarto.

Pequenas substituições e escolhas que aumentam o prazer na hora de comer.

21.11.13

Le Beaujolais Nouveau est arrive!!!

12.11.13

O Melhor do Natal

A melhor parte do natal é o panetone!!

Bem molhadinho e fofinho... mmmmm

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24.8.13

Café e Cafés especiais


Amo café! Fazer meu café todo dia em casa virou um ritual, um pequeno prazer que não troco por nada.

Mas café não é apenas o café. É praticamente um mundo de sabores, aromas... É como ir ao mercado para comprar maçã ou banana: você tem muitas variedades para escolher.... maçã verde, fuji, gala, a banana nanica, da terra, banana maçã... E cada uma tem um sabor e formato característico.

O café também é uma fruta. E ele também tem suas variedades e espécies. Muitas por sinal. E ainda conhecemos muito pouco de inúmeras espécies.

Basicamente, consumimos 2 tipos de espécies de café: Arábica e Robusta. Arábica tem os grãos mais doces, aromáticos, mais agradáveis ao nosso paladar. Robusta são grãos sem tanta expressão, mas com bastante cafeína e resistentes à algumas doenças que devastam cafezais no mundo inteiro.

Hoje, a tendência de mercado é que todos os cafés sejam 100% arábica. O robusta antigamente era amplamente usado para o nosso mercado interno e, ainda hoje, é usado pra fazer, por exemplo, café solúvel. 

Dentro da espécie Arábica, existem várias variedades de grãos. Gesha, Bourbon, Mocha, Típica... 

E é aí que o mundo dos cafés especiais vai te seduzir e você vai acabar tendo um relacionamento pra vida inteira com ele.

Cada grão tem um gosto tão característico que as vezes nem parece que é café o que você está bebendo.

Hoje, por exemplo, bebi um café filtrado com grãos da fazenda Esmeralda, do Panamá. Lá, eles cultivam a variedade Geisha, famoso pela gosto bem floral, cítrico... É considerado um dos melhores cafés do mundo. Era tão aromático que parecia que misturaram algo no seu café.

Enfim.... Mergulhando no mundo dos cafés especiais, um mundo novo vai se abrir. Caturra, Catuaí, Pacamara, Yirgacheffe, entre outros, vão virar escolhas de sabores. 

Seja curioso, tome café e pergunte sobre o grão. De onde vem, quem produziu, qual variedade... Ao invés de pedir um cappuccino, peça um café filtrado, por exemplo. 

Você nunca mais vai olhar pro café da mesma maneira. :)

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4.8.13

Preferências

Trabalhando em um café do maior museu de Sydney, reparei que as pessoas pedem sempre a mesma coisa sempre.

Claro, isso não tem valor estatístico nenhum, apenas se refere a uma observação de um único lugar. Algumas coisas são óbvias, outras são curiosas. Algumas que consigo lembrar são:

- Mulher sempre pede salada quando está acompanhada de homem na mesa.
- Mulher sozinha pede pratos mais substanciais, como risottos, pasta ou soupa.
- Mulher com amiga mulher pede sanduíches leves, o preferido são os de peixes. Salmão é sempre o peixe preferido preferido
- Senhoras de idade sempre pedem cappuccinos. Assim como os asiáticos. 90% de acerto!!!
- Senhores de idade pedem cafés bem forte, sem leite. Espresso duplo ou Long Black (2 shots com um pouco de água).
- Homem em meia idade geralmente pede pratos pesados. Ou sanduíches com carne de porco ou boi.
- Raramente homem pede salada.
- Macchiatto e Latte sao os cafés preferidos de homens nos 20 e 30 anos.
- Mulher nos 20 e 30 anos não tem preferência pra cafés, mas geralmente pede com leite desnatado ou soja.
- Mulher que pede Macchiatto geralmente são executivas.
- Vinhos secos brancos como Sauvignon Blanc são os preferidos de 98% das pessoas.
- Vinho Rose é o esquecido de todos.
- Mulher adora champagne. Homem prefere vinho tinto como Shiraz.
- Pinot Noir é o vinho tinto preferido das mulheres.

Consumidores são previsíveis. Especialmente os regulares. Pessoas raramente pedem coisas diferentes.

11.7.13

Supermercado de época

Hoje em dia a gente vai no mercado e parece que voltou no tempo...

Várias marcas exibem comemorativamente sua embalagem de anos atrás... Passa uma idéia de tradição e, claro, vende como água! 

Hoje aqui no mercado comprei umas latas de sopa de tomate Campbell's com rótulo comemorativo dos 51 anos (!!) do famoso quadro do Andy Warhol...  


Comprei também uma lata comemorativa dos 120 anos das aveias Uncle Toby's, hoje uma marca Nestlé. 

1.7.13

Comidinha de avião


Voando: China Southern
Rota: Sydney → Guangzhou, China


Rota: Guangzhou, China → Sydney

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23.3.13

Mistério sojástico!

Por que todos os leites de soja 'original' tem gosto de baunilha?

Já já vou usar grão de soja pra aromatizar açúcar e bolo!!

11.3.13

Rato no cardápio

Por ser um assunto polêmico, tenho certeza que algumas pessoas não vão conseguir entender o que quero dizer. Mas... Vamos lá.

Na fome e na escassez de alimentos durante guerras e revoluções, os franceses passaram a comer sapos, caramujos, carne de cavalo, etc. Hoje são iguarias caríssimas consumidas mundo afora.

Os chineses, na falta de comida, passaram a comer insetos. Escorpiões, aranhas, larvas... Hoje, é exótico e quase uma obrigação pra quem viaja pra China. Tudo comprado no espetinho nas feirinhas locais.

Na Tailândia, a população bem pobre passou a comer roedores. Hoje, o rato é um dos ingredientes de pratos tradicionais do país. Um dos tantos pratos exóticos da rica (e deliciosa) gastronomia tailandesa.

Aqui na Austrália, passamos a comer canguru por causa da ampla oferta da carne. Uma carne razoalmente barata e nutritiva. Dura e ruim. 

Hoje eu li uma matéria no UOL sobre pessoas que comem rato-rabudo, o punaré. Caçam o roedor selvagem para comer. A população, segundo a própria matéria, acha a carne bem saborosa.

E aí? Por que essa mentalidade de "coitadificar"?

Aposto que se um Adriá, Atala, Acurio ou Bocuse usar o punaré e o prepará-lo bem em alguma receita, ele seria um visionário ou um gênio.

Não. Gênio e visionário é esse povo que, com a necessidade, consegue e prefere encontrar e preparar comida fora dos meios convencionais a morrer de fome.